Iraquiano investe no Brasil para exportar bois vivos

O Estado de S. Paulo - 26/07/2017

Rebanho do país era de 2,5 milhões de cabeças, mas 70% desapareceram por causa de ações do grupo extremista Estado Islâmico

O Brasil vai ajudar o Iraque a recompor seu rebanho bovino, dizimado pelo Estado Islâmico. O rebanho era de 2,5 milhões de cabeças, mas 70% desapareceram por causa de ações do grupo extremista. O empresário Hayder Majeed Hameed, dono do Hameedan Group, que tem foco no mercado de proteína animal, esteve no País para negociar com três empresas o embarque de cinco mil cabeças de bovinos por mês, pelo porto de Barcarena, no Pará. “Da experiência que tivemos com o gado do mundo inteiro, o brasileiro foi o que conseguiu se adequar ao clima iraquiano”, disse Hameed à coluna. O primeiro navio parte em setembro. Hammeed ainda pretende comprar uma propriedade no Pará, com capacidade para 10 mil cabeças, para atender sua demanda no Iraque.

Reconstrução. O vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil Iraque, Jalal Jamel Chaya, contou que o governo iraquiano está investindo US$ 400 milhões para recuperar a agropecuária nos próximos cinco anos. Para a pecuária de corte e de leite, a ideia é assentar pequenos proprietários em áreas recuperadas, como Mossul.

Parceria recente. Brasil e Iraque abriram o mercado para gado vivo em 2015. A exportação cresceu 9% no primeiro semestre deste ano, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, com um total de 12.540 cabeças. O interesse dos iraquianos é pela raça nelore pura e a cruzada com a angus, e vacas leiteiras girolando.

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